Roteiro de 15 dias pela Islândia. Roadtrip na campervan! Primeiros 5 dias.

Aqui estará detalhado meu roteiro dando a volta pela Islândia a bordo de uma campervan. Falei mais sobre direção, segurança ao dirigir, todas as dicas, tempo ideal para dar a volta, neste post. Leia antes de montar o seu roteiro por este lindo país!

Neste post você encontra a primeira parte, até o dia 05. Do dia 06 da roadtrip até o 11, estará em um segundo post.

Dia 1 na estrada

Dia 4 da viagem, 09/09/2023!

Este já era o quarto dia total de viagem, porém o primeiro de campervan. Como cheguei e meu primeiro dia livre na capital conto aqui neste post!

Agora vamos para a parte que interessa!! Eu, uma campervan, muita roupa (demais) e um sonho! Spoiler, deu tudo certo no final!

Eu estava simplesmente enlouquecida, chorei sozinha na camper pela primeira vez, quando deixei a cidade e comecei a ver as montanhas belíssimas da Islândia, não me contive, chorava como criança, pois meu sonho começava a se realizar. Realizar sonhos é bom demais!

Este caminho rumo ao norte, já faz o termômetro cair uns 3 a 4 graus durante o dia e ver temperatura negativa pela primeira vez.

Dia 1 na estrada — 1ª parada — Hellnar view point

Dia 4 da viagem, 09/09/2023!

Neste lugar, anda-se bastante. Medi no relógio a volta, deram 4,5 km. Ou seja, no total, caminhei por 9 km. Passei umas 2h neste lugar. Aqui é bem importante utilizar uma bota de trilha. Muitas pedras, o chão era bem desnivelado e a bota dava muita estabilidade ao caminhar.

Amei este lugar, ele não é dos mais bonitos na minha opinião, mas foi o primeiro onde cheguei pertinho de formações puramente vulcânicas. Ao longo da viagem eu veria muitos outros locais como este, mas aqui foi o primeiro e muito especial.

É um local próximo ao mar com vistas belíssimas e mirantes.

  1. Hellnar view point
  2. Acesso para estacionamento – Fácil, no Google Maps sempre adicione a palavra “parking” que o maps te leva diretamente para o local de estacionamento dos pontos turísticos na Islândia. “Hellnar parking”.
  3. Tempo no local: eu deixaria uma tarde ou manhã cheia para este local. Fiz em 2h andando muito rápido. Mas para não ter pressa e apreciar por bastante tempo, eu deixaria umas 4h para ter folga.
  4. O que levar: uma mochilinha com água, snack, corta-vento, luvas e todos os acessórios de frio, por ventar muito neste local (onde não venta na Islândia?). Bota de tracking.
  5. Banheiros: Sim, no começo da trilha.
  6. Conveniência: Sim, pequena cafeteria no começo da trilha.
  7. O que ver / fazer: uma longa caminhada com vistas de penhascos e formações basálticas de perder o folego. Muitos pássaros e o lugar mais perto da Groenlândia que eu já estive!

Dia 1 na estrada — 2ª parada – Lóndrangar view point

Este lugar fica 10 km para frente de Hellnar, é um mirante super fácil de chegar e com uma paisagem indescritível.

Já era final do dia, aqui devia ser umas 17h, o sol fica no horizonte por muito tempo no verão da Islândia (por esta região o sol ficava na linha do horizonte por umas 2h, mais ao norte cheguei a ver por do sol de quase 4 h).

Eu estava muito emocionada com este primeiro dia com tempo bom, paisagens estonteantes e tudo dando certo para acalmar meus medos.

Neste lugar e em especial neste dia, ventava muito, então não fiquei muito tempo por lá, mas, sentei, apreciei a vista, respirei fundo e senti a energia deste local. Além de pedir para um casal me fotografar e trocar com eles. Para quem viaja sozinho, uma ótima dica é, se ofereça para tirar fotos de casais, ou de qualquer pessoa, em retribuição a pessoa poderá tirar uma foto sua também!

  1. Lóndrangar view point
  2. Acesso para estacionamento – Fácil demais, este da para ver da estrada!
  3. Tempo no local: 30 minutos.
  4. O que levar: luvas e câmera apenas!
  5. Banheiros: Sim, no começo da trilha.
  6. Conveniência: Sim, pequena cafeteria no começo da trilha.
  7. O que ver / fazer: uma pequena caminhada (200 m) e apreciação de paisagens lindas!

Dia 1 na estrada — 3ª Parada – Hellissandur Camping

Sai da segunda parada direto para o camping, pois seria minha primeira noite na campervan. Deixarei um post na sequência com todos os campings que fiquei e algumas dicas especificas sobre acampar e como se organizar a respeito.

Link do post com todos os campings.

Porém, vale contar a experiência que vivi nesta primeira noite!

Cheguei no camping por volta das 19h. Era dia, e eu fui ver como era o banheiro, a cozinha, as áreas comuns. Eu havia lido muitos blogs e assistido muitos vídeos. Li dezenas de avaliações de campsites no Google (as avaliações do Google ajudam demais, ordene pelas mais recentes e verá o que as pessoas estão falando de dias atrás do local).

Achei curioso o banheiro quentinho, havia um rodo no chuveiro, que entendi, depois que tomasse banho, deveria puxar a água. Muitas tomadas no banheiro. Enfim, montei minha bolsa (levei uma bolsa de praia para Islândia – que além de me auxiliar a levar as coisas para o banheiro dos campings, também ajudou muito na questão de banhos em piscinas termais) e fui para o banho. A temperatura cai rápido a noite e pensei, sairei do banheiro quentinha, e correr para camp, depois eu janto.

Fiz minha janta, toda orgulhosa e feliz.

Escovei os dentes, liguei a calefação e deitei. Feliz da Vida! Sobrevivi ao primeiro dia! Mas quem diria que eu iria sobreviver a primeira noite?

Houve uma tempestade de vento em toda região oeste da Islândia e foi terrível, no outro dia pessoas de outros campings confirmaram também o vendaval da noite de anterior (e de terror).

A van sacolejava. Foi Horrível. Fui dormir umas 3h da manhã, porque não havia condições. Pensei que ia morrer, porque a van ia ser arrastada pelo vento até o mar. Pensei, se eu não morrer da van capotada, eu morro congelada.

Não morri, dormi quentinha, van não capotou, acordei feliz de estar viva para continuar a minha viagem! o camping era ótimo! E ainda bem, este tipo de noite não se repetiu!

Dia 2 na estrada — Origem Península de Snaefellsness destino Varmahlíð

Dia 5 da viagem, 10/09/2023!

Acredito que o maior deslocamento em um único dia! 347 km!

Quebrando a regra de dirigir menos de 300 km por dia, já no segundo dia!

Quebrei a regra porque sou rebelde e o mundo quis assim?

Não! Mas podia!

Aconteceu que, eu procurei outras “atrações” neste percurso, e não encontrei! Pelo menos nada que encontrei que valesse a pena para os meus gostos. Houve outros dias, que dirigi menos de 100 km, justamente por ter em um raio muito pequeno, muitas paradas para fazer, mas neste aqui, não foi o caso.

Eu adoraria ter conhecido os Fiordes ocidentais, esse pedação de terra entrecortado por fiordes que fica de frente para Groenlândia. Diz o pouco material na internet que é uma região belíssima, porém de acesso um pouco mais complicado. Sozinha, de carro convencional (que não era 4×4) fiquei receosa e pulei, mas fica de espaço para uma segunda ida a este país lindo que sei que voltarei!

Dia 2 na estrada — 1 ª parada – Kirkjufell

Dia 5 da viagem, 10/09/2023!

O dia de conhecer a “torre Eiffel” da Islândia. Uma montanha super bonita, de forma peculiar, você consegue ver a distância o quanto ela é bonita e diferente. Ficou famosa após aparição no Game of Thrones (não assisti, me julguem).

Lugar bastante procurado pelos turistas, super difícil de tirar uma única foto sem ninguém no local!

Sentei por alguns minutos em uma pedra e apreciei! Este lugar estava presente em qualquer pesquisa sobre a Islândia, qualquer! Então estar lá foi outro marco importante, sabe aqueles momentos que você pensa, “carai, to aqui!”.

  1. Kirkjufell
  2. Acesso para estacionamento – Fácil demais, este da para ver da estrada! Estacionamento pago.
  3. Tempo no local: 30 minutos.
  4. O que levar: luvas e câmera apenas!
  5. Banheiros: Não
  6. Conveniência: Não
  7. O que ver / fazer: uma pequena caminhada (200 m) e apreciação desta paisagem icônica!

Dia 2 na estrada — 2 ª parada – Glanni Waterfall

Dia 5 da viagem, 10/09/2023!

Este lugar não é muito procurado pela maior parte dos turistas, mas como falei, estava de passagem por esta região e vi que podia ser uma nova parada. O estacionamento fica aproximadamente 140 km após a primeira parada em kirkjufellfoss. Quase 2h de direção. Neste dia, eu ainda estava bastante preocupada com postos de combustível, então devo ter lavado 2h mesmo na direção parando cada vez que via um posto.

A cachoeira é pequena, de água bastante cristalina. No local há um banheiro pago.

  1. Glanni Waterfall
  2. Acesso para estacionamento – Fácil de ver a saída da estrada, dirige uns 500 m até o local. Gratuito.
  3. Tempo no local: 45 minutos.
  4. O que levar: luvas e câmera apenas!
  5. Banheiros: Sim – pago.
  6. Conveniência: Não
  7. O que ver / fazer: uma pequena caminhada (200 m) e apreciação!

Dia 2 na estrada — 3ª Parada – Camping Varmahlíð

Dia 5 da viagem, 10/09/2023!

Camping lindíssimo! Com vista para as montanhas, no meio de uma pequena cidade! Amei este camping! Abaixo link com os detalhes de todos os campings que eu fiquei!

Dirigi um bocado para chegar até aqui, foram 190 km. Em quase 3 h com paradas. Este trecho foi o mais sinuoso e de serra que dirigi. Não tive preocupações com a estrada, mas eu passava muitos km sem avistar nada. Nem posto, nem casas, nada. Nem ovelhas. Esta região foi a mais desabitada que dirigi, entre Glanni e este camping. Chegar aqui foi um misto de alívio e superação! Que sorte que o camping me acolheu muitíssimo bem!

Link do post com todos os campings.

Abaixo as montanhas que comecei a avistar neste trecho até o camping. Elas possuíam mais neve no seu topo. A temperatura também começou a cair conforme a altitude subia. Chegou a marcar −5 no termômetro da camper. Fiquei imaginando como seria aquele lugar 3 meses depois (lembrando que eu estava lá em setembro de 2023, último mês do verão). Este trecho foi marcado por neve, baixas temperaturas e também o trecho menos habitado de todo o meu trajeto pela Islândia. Passei km (acredito que uns 40 ou 50 sem ver uma única construção, nem de longe). Isto por si só já é uma experiência muito assustadora para mim, o vazio é bastante assustador!

Não era que não via cidade, não via posto, não via ovelha, e muitas vezes, por uns 10, 15 minutos, também não via nenhum carro. Eu sozinha no meio do nada!

Dia 3 na estrada — 1ª Parada – Akureyri

Dia 6 da viagem, 11/09/2023!

Este dia foi infinito e fiz muitas paradas! Dirigir pelo norte da Islândia só não foi mais bonito que dirigir pelo leste. Spoiler, os fiordes do leste são meu local preferido da Islândia, chegaremos lá!

Mas o norte, também é recheado de montanhas belíssimas e de silêncio. Posso fechar os olhos e me imaginar dirigindo pelas montanhas lindas, ver os rios de degelo correndo livremente. Quase me teletransportar para eu do passado novamente! A Islândia é mágica, real e suas estradas são literalmente enebriantes! Aqui descrevo um pouco mais desta experiência de dirigir por lá!

Mas voltando, esta cidade, não estava prevista uma parada. Mas não tem como parar. Ela chama atenção pela estrutura. Eu precisava de uma calça mais leve e aproveitei para comprar. Aqui temos um post para falar do que levar na mala da Islândia.

Parei para fazer esta compra, tomar um café e fazer estas fotos maravilhosas já da saída da cidade. Perto do túnel que paga pedágio (o único da Islândia) e eu não peguei. Mas não tem problema você não pagar, pois quando você chega para devolver a camper, eles já sabem e te cobram lá mesmo. Pois aparece um débito na placa do veículo para o proprietário.

Não fiquei nesta cidade, mas li que se trata da 4ª maior do país, com 17mil habitantes. Um charme, porém cheia de grandes navios. Cruzeiros em pequenas cidades são um tópico a parte, o tipo de turismo que eu não acho legal, pois acaba sendo um turismo fast food, nada se aprende da cidade, do local, muito lixo se deixa.

Dia 3 na estrada – 2ª Parada – Godafoss

Dia 6 da viagem, 11/09/2023!

Ao dirigir pela Islândia, você vê muitas cachoeiras lindíssimas. É perigoso até bater o carro de tanto que se torce o pescoço. Eu sabia que esta era das grandes, mas não tinha ideia da força de água. Já do caminho você vê a “fumaça com a dispersão de gotinhas de água.

O Estacionamento é super perto da estrada e os mirantes de contemplação também.

Um lugar lindo, com uma potência gigantesca. É curioso como existe uma vibração perto de grandes forças da natureza e as cachoeiras são das maiores, acredito eu!

Lugares com muita água na Islândia são ainda mais frios, então jaqueta impermeável e 3 camadas de roupa mesmo no verão são imprescindíveis. Errei, pois só estava com uma calça, passei bastante frio perto da água.

  1. Godafoss – 35 km depois de Akureyri sentido leste
  2. Acesso para estacionamento – Fácil de ver a saída da estrada, dirige uns 500 m até o local. Gratuito.
  3. Tempo no local: 2 horas. Pois há vários mirantes de pontos diferentes e distantes, então você caminha bastante no entorno da cachoeira.
  4. O que levar: luvas e câmera apenas!
  5. Banheiros: Sim – grátis.
  6. Conveniência: Sim – um restaurante bem em frente ao estacionamento, com lojinhas e banheiros gratuitos.
  7. O que ver / fazer: apreciação!

Dia 3 na estrada – 3ª Parada – Krafla Volcano

Dia 6 da viagem, 11/09/2023!

Este dia foi infinito, eu fiz muitas coisas legais! Esta parada (1h depois de Godafoss 65 km), foi a que mais me deixou feliz e ansiosa. Eu sempre amei vulcões. Quando criança na escola, acho que na sexta-série do passado, quando estudamos vulcões, eu me apaixonei por eles e queria ser vulcanóloga. Colecionava tudo que via de vulcões. Mas, virei analista de sistemas.

Quando cheguei na região do vulcão, vi o lago Myvatn, com as montanhas, ficou uma paisagem bastante bonita. Durante minha estada na Islândia, não havia nenhum vulcão em atividade que turistas pudessem avistar. Mas fui muito feliz vendo crateras de vulcões inativas com águas cristalinas no seu interior. Ao subir em direção ao vulcão, você já vê as fumarolas saindo das montanhas, esta região tem bastante atividade geotérmica, tanto que passei por uma estação.

Na Islândia não há problema de contas altas de energia elétrica, por produzirem muita energia geotérmica.

Para chegar no topo deste vulcão, é muito fácil, o estacionamento é ao lado praticamente da cratera, então você sobe muito de carro. Lá em cima venta muito e faz muito, muito frio. Estava sol e eu deixei as luvas no carro. Quase perdi a ponta dos dedos e aproveitei menos do que deveria por isso. Nunca saia sem luvas!

  1. Krafla (cratera Viti) – 65 km depois de Godafoss sentido leste
  2. Acesso para estacionamento – Fácil de ver a saída da estrada, dirige uns 100 m até o local. Gratuito.
  3. Tempo no local: 45 minutos.
  4. O que levar: luvas e câmera apenas!
  5. Banheiros: Não.
  6. Conveniência: Não
  7. O que ver / fazer: apreciação!

Dia 3 na estrada – 4ª Parada – Námafjall lava fields

Dia 6 da viagem, 11/09/2023!

Este dia foi infinito, eu avisei, mas ainda não é o último local!

Caminhei por campos de lava. Fumarolas e tudo aquilo que sempre vi apenas em filmes e livros de geografia. Dez km, ao lado da cratera, existe um campo, para uma longa caminhada de um local onde “secou” magma após uma erupção vulcânica. E isso foi na década de 80. Porém, como a região é bastante ativa, há muita fumaça saindo no local.

É lindo e com muita caminhada! Vá de botas de trekking e faça um pit stop em algum banheiro antes de ir para o vulcão e para este campo de lava.

O cheiro na região não é dos melhores, mas nada que atrapalhe o belíssimo passeio! Eu amei!

  1. Krafla (Námafjall lava fields) – 10 km da Cratera Viti
  2. Acesso para estacionamento – Fácil de ver a saída da estrada, dirige uns 900 m até o local. Gratuito.
  3. Tempo no local: 2 horas de muita caminhada!
  4. O que levar: luvas, água, snack, câmera e botas de trecking.
  5. Banheiros: Não.
  6. Conveniência: Não
  7. O que ver / fazer: apreciação e caminhada!

Dia 3 na estrada – 5ª Parada – Mývatn Nature Baths

Dia 6 da viagem, 11/09/2023!

Levei um maiô para a Islândia para este dia! Eu realmente não sei como eu consegui fazer tanta coisa num mesmo dia, e não lembro de correr com pressa. Acredito que acordei e comecei o dia muito cedo. Todos os locais também eram perto um do outro. Foi um dia muito especial mesmo! Lembro com carinho! Acho que ainda estava na adrenalina da chegada e de visitar o vulcão! Talvez foi esse o segredo!

Terminei o dia nas piscinas termais de Myvatn. Água a 38º, muita gente bebendo suas bebidinhas alcoólicas, relaxando depois de um dia de passeios.

O local é super estruturado. Estacionamento gigantesco, um banheiro para você tomar banho (banho mesmo, com sabão, xampu e condicionador e eles indicam com desenhos todas as partes do corpo que você tem que passar sabão. Ou seja, não é como aquele banho chuá de piscina brasileira, a indicação é banho completo mesmo.

Exstem armários com chave para você deixar suas coisas e tudo que você precisa para o banho. Mas levei minhas coisas! Saí de lá já com meu banho do dia tomado! Foi uma delícia!

Sobre entrar e sair da água quentinha, uma vez do lado de fora, estará frio, no meu dia, estava uns 3 graus. Você sai do banheiro só com o maiô e corre para a água quentinha, entrar é mais difícil que sair, pois para sair, seu corpo está bem quente e é só correr para o banheiro.

  1. Mývatn Nature Baths – 5 km do campo de lava
  2. Acesso para estacionamento – Fácil de ver a saída da estrada, dirige uns 2 km até o local. Gratuito.
  3. Tempo no local: fiquei 1h apenas. Acredito que porque eu estava sozinha e queria ir logo para o camping, já eram 7h da noite aqui, mas ao norte, o sol se põe lá para as 22h.
  4. O que levar: roupas de banho, toalha, uma troca de roupas, itens e higiene pessoal. No banheiro do local há secador e todos os produtos, sabonete líquido, xampu e condicionador de ótima qualidade.
  5. Banheiros: Sim.
  6. Conveniência: Sim (jantei uma sopa de carneiro deliciosa)
  7. O que ver / fazer: relaxar e beber uns bons drinks, não bebi, pois estava dirigindo! Paguei 6400isks (kronas islandesas – equivalente a 230 reais (50 Dólares). Neste valor não havia drinks inclusos, mas você pode comprar direto lá no bar. Você pode comprar o ticket antes, o preço é o mesmo, o que pode acontecer é você não ter lugar, se for sem checar antes. Talvez na alta temporada seja bom comprar antes. Neste valor estava incluso o banho e o acesso à piscina.

Dia 3 na estrada – 6ª Parada – Camping 66.12 NORTH

Dia 6 da viagem, 11/09/2023!

Neste dia, eu fiz uma grande mudança nos planos, eu havia planejado um camping as margens do lago Myvatn, porém ele estava fechado. Ao final do verão alguns camping já começam a fechar, dizem que no outono e primavera ainda muito estão abertos, mas no inverno, muitos mesmo estão fechados. Antes de ir para algum camping, de uma conferida se ele está aberto e sempre tenha backups na sua lista.

Antes de ir para a piscina eu já havia checado o camping. Eu estava um dia a frente do meu cronograma, sim, eu tinha uma planilha com tudo que planejei, as quilometragens, os valores aproximados, o deslocamento.

Dividi a viagem em 2 partes, 5 dias para oeste e norte e 5 dias para leste e sul. Cada metade, possuia um dia livre de passeios para alguma intempérie. Ao ver o camping fechado em Myvatn, resolvi ir mais ao norte, para tentar avistar baleias em Husavik. Resolvi já dirigir para lá, pois os passeios das baleias saem cedo. Escolhi o camping 66.12 North. Lindo demais, a beira do mar.

Esta estrada foi das mais lindas que eu já dirigi, pois fiquei 1 h apreciando um por do sol que só acabou às 22h. Sim, na Islândia existe o sol da meia-noite, no auge do verão. Como eu estava no fim do verão “apenas” pude ver um por do sol de 4 h. É lindo demais! A Islândia é o paraíso de fotógrafos por este motivo também, não apenas pelas lindas paisagens, mas pela quantidade de horas de luz lateral natural.

Apenas apreciem este final de dia mágico!

Dia 4 na estrada – 1ª Parada – Passeio para avistamento de baleias em Husavik

Dia 6 da viagem, 12/09/2023!

Acordei neste dia, bem tarde, meu passeio estava marcado para as 11h da manhã e na noite anterior, pela primeira vez recebi o alerta do aplicativo de aurora boreal. Fiquei acordada mais do que gostaria esperando pela aurora. Não tenho uma boa foto, mas acredito que vi um risquinho bem pequenininho de aurora nesta noite.

Este campsite era um pouco distante da cidade, de onde saiam os passeios. O céu estava azul, mas muito frio. Acredito que estava perto de zero graus neste dia, foi o lugar mais ao norte que já fui na vida.

Veja abaixo neste mapa do Google, onde fica esta cidade.

Chegando no local do passeio, já com muita roupa de frio, ainda te vestem com um macacão que também é muito quente, impermeável e ainda nele existem alguns dispositivos de segurança caso você caia na água. Eu não sei o que acontece se você cai na água do norte da Islândia, acredito que role tipo um Titanic e a gente morra igual ao Jack congelado. Não adianta muito saber nadar, importa a velocidade com que te tiram da água. Engraçado que no dia do passeio eu nem pensei nisso, não sei porque isto me veio à cabeça agora.

Confesso, que não sou a maior fã de baleias, tampouco da vida marítima. Gostei muito mais da paisagem do passeio do que ver as nadadeiras do bichão muito longe. Fiz este passeio porque queria ir mais ao norte e precisava preencher o dia com alguma atividade. Se você é fã deve com certeza aproveitar este tipo de passeio muito mais que eu.

Mas foi bacana a experiência de passar muito frio e correr de barco atrás dos cardumes de golfinhos que vimos lá.

  1. Passeio para avistamento de baleias
  2. Acesso para estacionamento – Fácil, pois todas as agências de passeios ficam em um centrinho comercial no centro da cidade..
  3. Tempo no local: 2 horas de passeio, mais 20 minutos antes e depois para troca de roupa.
  4. O que levar: Roupas de muito frio, luvas, câmeras, se possível uma proteção para o rosto que queima no bote com o vento frio.
  5. Banheiros: Não no barco, apenas no local de troca de roupa.
  6. Conveniência: Não.
  7. O que ver / fazer: curtir as paisagens, o vento gelado do passeio de barco e dar sorte para ver muitas baleias.
  8. Valor: $ 200 (Duzentos dólares, todos os passeios na Islândia parecem tabelados neste preço, 200 dólares. Brincadeiras a parte, este valor era para todas as agências com aquele bote mais veloz, existe outro modelo de barco, maior, que deve custar menos talvez. porém, este barco maior, é menos ágil, então quando o nosso via um rabinho de golfinho ou baleia longe, rapidamente se moviam até lá, enquanto o barco grande não possuia esta mobilidade.

Também foi o primeiro dia que fiquei em um grupo de pessoas depois de 1 semana praticamente sozinha na van. Foi uma experiência social a parte. Me irritei muito com as pessoas falando sem parar. Eu estava acostumada a contemplar no silêncio, todos os lugares que fui anteriormente e neste passeio, havia pessoas que não paravam de falar. Foi um tanto curioso.

Depois também vivi outra primeira experiência que foi almoçar em um restaurante. Tanto o prato quanto a vista eram lindos. Lembro de comer o prato do dia, uma sopa de entrada, com um prato principal de salmão com legumes, estava maravilhoso, mas como tudo na Islândia, muito caro. Neste dia gastei R$ 300 reais neste almoço aproximadamente. Com refrigerante e sem bebida alcoólica.

Depois o objetivo era ir direto para o próximo campsite. Que seriam aproximadamente 3 horas de viagem, 220 km. Mas vi no caminho, que eu no dia seguinte teria de voltar para 70 km para visitar um lugar que eu estava pirando para conhecer que era Stuðlagil. Um cânion com muitas formações basálticas que apareceu após derretimento de geleiras pela Islândia.

Eu estava aparentemente tranquila, porque no dia anterior anoiteceu mais de 22h. Acredito que anoiteceu mesmo 22:30 em Husavik.

Então fui para minha segunda parada do dia.

Dia 4 na estrada – 2ª Parada – Stuðlagil

Dia 6 da viagem, 12/09/2023!

O grande erro do jovem, a confiança.

Me preparei demais para esta viagem, montei planilha, criei regras e processos para tudo que acontecesse na Islândia, eu sabia de todos os métodos de segurança.

Confiante que estava, resolvi mudar os plano e por volta das 19h cheguei na parte da rodovia que dá acesso a este cânion.

Para chegar lá, precisa sair da rodovia principal, dirigir por uns 15 km em estrada de terra. Em setembro de 2023 esta estrada não estava muito boa, então sacudiu muito a van, virou minha água, fez uma lambança. Fora o fundo da van que arrastava em algumas pedras.

Depois da estrada de terra, ainda tem que andar mais uns 3 km apé do estacionamento até o local de visita. A caminhada é super bonita, leve. Porém, eu estava preocupada em dirigir a noite. Errei em algo que não havia pensado antes de ir para a Islândia. Pois, tomei a decisão de ir neste cânion e sair da estrada principal às 18h da tarde. Contando que, na noite anterior, anoiteceu às 22h. Ou seja, eu ainda teria 4h de luz solar.

Mas desci no mapa, e no norte, a curvatura da terra é diferente, fazendo com que em poucos km de diferença tenhamos uma diferença de horas muito maior do que a que temos no Brasil, por exemplo. Talvez, em uma faixa de 1000 km de norte a sul no Brasil, tenhamos o por do sol no mesmo horário, isto não acontece na Islândia. Naquele dia anoiteceu no local do cânion, as 20:30h mais ou menos.

Vejam onde eu estava na noite anterior, em Husavik, bem ao norte e depois no dia seguinte no cânion.

Ou seja, foi um dos passeios que eu estava com a expectativa mais alta, mas fiz com medo e correndo. Não recomendo e tentarei não repetir mais este erro em viagens, principalmente sozinha, pois sei que estava com medo de dirigir sozinha a noite.

O local é lindo, encontrei duas histórias a respeito dele na internet. Uma que ele apareceu após o derretimento de uma geleira na região, outra que ele apareceu após a construção de uma usina hidroelétrica que represou seu rio que era muito mais forte e violento na região. Talvez ambas sejam verídicas.

O ponto alto são as rochas basálticas (que encontramos na Islândia inteira. Porém, aqui elas contrastam com um lindo rio verde-esmeralda. É um local pouco explorado por turistas ainda, então a infraestrutura é quase inexistente. Pouca sinalização, estacionamento ruim, acesso ruim. Diferente das principais atrações da Islândia. Mas vale a visita, com calma. Quem sabe um dia volto pra tirar esta má impressão que ficou do passeio, não do lugar, mas da situação mesmo que vivi!

Clique nas fotos para expandir!

  1. Stuðlagil Canion
  2. Acesso para estacionamento – Difícil, 15 km de estrada de terra. Pouca sinalização.
  3. Tempo no local: 2h para explorar o local com calma. Mais 2 horas de caminhada para chegar, do estacionamento até a área de apreciação (1 hora para ida 1 para a volta). Separaria meio período de um dia para o local.
  4. O que levar: luvas, equipamentos fotográficos, água para a caminhada.
  5. Banheiros: Não há!!! Neste local fiz um xixi escondida em uma moita na volta da visitação.
  6. Conveniência: Não.
  7. O que ver / fazer: curtir as paisagens!
  8. Valor: $ 0 – Grátis.

Dia 4 na estrada – 3ª Parada – Camp Egilsstadir (com brinde)

Dirigi a noite, como bem comentei na parada anterior, sai correndo do cânion, para tentar não pegar a estrada de terra durante a noite, mas não teve jeito. Dirigi a noite para chegar neste camping que fica em uma cidade, no meio dela, o que é diferente, pois normalmente os campings ficam mais afastados das cidades.

Fiquei tão feliz de chegar lá, viva! Fiz o de costume, aprendi como pagava o camping, cada um é de um jeito, este paguei com a caixinha que havia lá. Você escreve os dados num envolopinho e coloca o dinheiro. Às vezes os campings tem alguém que passa cobrando, outros (bem raros) possuem uma espécie de portaria 24h, enfim, a cobrança é de inúmeros jeitos. Mas este, na total confiança como boa parte de tudo que acontece por terras islandesas.

Tratei de cozinhar, organizar a van, tomar meu banho. Quando estava lavando a louça, comecei a ouvir alguns “gritos”. Era nada mais nada menos que ela…

A Aurora Boreal!

Eu não esperava por ela, claro, eu estava acompanhando no aplicativo “aurora Forcast”, que sempre dizia, se a região que você estiver hoje, haverá chance de você ver a “northern lights”, as luzes do norte.

Fui para a Islândia para ver vulcão, de preferência um ativo, uma fenda, havia se aberto poucos meses antes de eu ir, mas “fechou/secou/parou” antes da minha chegada. Meu sonho sempre foram os vulcões. Achei que a Aurora Boreal fosse algo tão ao acaso, que minha expectativa era quase zero. Já havia visto as caçadas a aurora e sempre pensei que deveria ser muito difícil. Imagina, sair caçando um lugar com pouca luz, sem nuvem, no meio do nada, procurando luzes verdes no céu. Eu ficaria apavorada de medo de fazer isso no breu, pois morro de medo de escuridão. A noite da Islândia é outro patamar de escuridão.

Mas, para minha sorte, vi a aurora, de um camping, no meio de uma cidade (pequena, mas ainda assim uma cidade), ao lado da minha van, com uma sacola cheia de louça suja.

Como eu não esperava, chorei. A emoção é realmente muito grande na primeira vez que vemos estas luzes no céu. Não imaginei que fosse me emocionar tanto. Foi uma experiência e tanto, você não sabe se agradece a Deus, pede a ele que nenhuma nave extra-terrestre desça e te leve. Se ri ou se chora. É realmente uma emoção sem tamanho para os povos dos trópicos como nós.

Após passar um bocado de medo dirigindo a noite, um presente destes! Dormi linda, leve e solta!

Ver a aurora requer muita roupa, pois você fica exposto na noite fria, de um país frio embasbacado tirando foto sem luva, quase perdendo os dedos e as bochechas, mas, vale! Vale cada dedo perdido no frio!

O quarto dia foi, lindo, intenso e cansativo e ainda marcou a chegada ao leste da Islândia!

Dia 5 na estrada – 1ª Parada – Lavanderia

Dia 7 da viagem, 13/09/2023!

Neste dia eu estava bastante cansada. Acredito que os quatro primeiros dias foram tão intensos, com a energia lá em cima que neste dia eu precisava descansar.

Dirigir não me cansava. Mas no quinto dia (é algo comum em viagens pra mim) juntando todos os afazeres da van, montar e desmontar a cama, fazer comida, lavar a louça, tudo isso desprende uma energia. Também, como eu estava sozinha, eu tinha que planejar o dia seguinte, aonde ia, como estavam os níveis de água, combustível e tudo mais. Neste dia ia ficar no camping que possuia lavanderia e todas as facilidades para organizar a van e a minha vida. Assim o fiz. Acordei com calma, tomei café e coloquei a roupa lavar.

Tudo seco e pronto, van organizada e limpa, decidi fazer um passeio apenas para almoço em uma cidade vizinha que estava nos meus planos. E na sequência voltar para o mesmo camping.

Dia 5 na estrada – 2ª Parada – Seyðisfjörður

Dirigir até esta cidade foi um evento a parte, porque comecei a avistar os fiordes do leste. Que lugar deslumbrante. A cada 10 minutos dirigindo eu parava em um mirante diferente. Até cachoeira teve no caminho!

Avistar os fiordes pela primeira vez foi muito emocionante! Clique nas fotos para aumentar.

Esta cidade é lindíssima e super pequena, em umas 2h você caminha por ela toda. Cheguei com um cruzeiro, então havia turistas andando por lá! almocei minha primeira refeição em um restaurante depois de 5 dias, pois sempre que passava em restaurantes antes, estavam fechados devido ao horário. Na cidade existem algumas lojinhas de artesanato local, um café e um restaurante bem na rua principal, onde acabei ficando.

Qualquer refeição na Islândia é muito caro. Este prato estava delicioso, mas custou R$250, reais em 2023.

Após retornar pro camping, olha quem voltou! Neste dia, havia acabado de anoitecer. O céu ainda estava um azul-claro, foi uma segunda experiência belíssima!

A segunda metade desta roadtrip continua no próximo post!

Qualquer dúvida, deixa nos comentários que vou adorar ler e responder!

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